O princípio das vantagens comparativas é um argumento criado com o intuito de persuadir as economias menos desenvolvidas a aceitar comércio com as economias mais desenvolvidas.
FALSO. O princípio das vantagens comparativas foi estabelecido no início do século XIX por David Ricardo com o intuito de convencer o parlamento inglês a abandonar leis protecionistas, em especial as leis que limitavam a importação de trigo por parte da Inglaterra. Ricardo acreditava que essa lei levaria a economia inglesa à estagnação.
Pelo argumento das vantagens comparativas, quando um país se abre ao comércio internacional, todos os habitantes desse país são beneficiados.
FALSO. A aplicação do princípio das vantagens comparativas ao comércio internacional apenas implica que o potencial de consumo de um país como um todo aumenta com a abertura comercial. Pode haver, e é provável que haja, todavia, perdedores e ganhadores. Esse é um dos motivos pelo qual a abertura comercial é um tema politicamente controverso.
Aceitar o princípio das vantagens comparativas implica aceitar que as economias menos desenvolvidas devem se conformar com um papel marginal no cenário econômico mundial abrindo mão de produzir produtos com tecnologia avançada e conformando-se em, basicamente produzir bens primários.
FALSO. O princípio das vantagens comparativas apenas implica que as economias conseguem mais bens de consumo ao alocar seus recursos produtivos nas atividades em que têm maior vantagem comparativa. Nada impede que, países menos desenvolvidos modifiquem ao longo do tempo tanto a quantidade quanto a qualidade de seus recursos produtivos. Por exemplo, se uma “república de bananas” investe pesadamente na educação de sua população ela pode, com o passar do tempo, começar a ter vantagens comparativas na produção de softwares.
O princípio das vantagens comparativas implica que, quando há abertura comercial, um país especializa-se apenas na produção dos bens que exporta.
FALSO. Vimos em nosso exemplo trabalhado em sala de aula. Para dar um outro exemplo, por algum tempo, no período do regime militar, várias barreiras foram impostas à importação de trigo. O país chegou a produzir quase todo o trigo que consumia. Com a abertura comercial, nossa produção de trigo caiu vertiginosamente, sendo substituída pela produção de bens agrícolas para os quais a maior parte de nossas terras tem vantagem comparativas, tais como a soja. Há, todavia, algumas áreas no Brasil que, mesmo com a abertura comercial, continuaram tendo vantagens na produção de trigo. Essas áreas não passaram a produzir outros bens. Assim, parte do consumo de um bem que importamos — o trigo — é atendida pela produção local.
Há evidências de que a abertura comercial prejudica o desenvolvimento econômico de um país.
FALSO. Não há evidência conclusiva nem de que a abertura comercial prejudique nem que ajude o desenvolmento de um pais. Há sim evidência de que o fechamento comercial total ou muito elevado prejudica o crescimento.
A evidência colhida das experiências dos diversos países apontam para trêm fatores cruciais para o desenvolvimento econômico:
A defesa da abertura comercial é característica de governos anti democráticos.
FALSO. Diversos governos anti democráticos adotaram e continuam adotando políticas anti comerciais. Como exemplos, podemos citar, o governo militar brasileiro, a Coréia do Norte, a Venezuela bolivariana, o governo militar argentino, a Alemanha durante o regime nazista, a Itália duranto o regime fascista, a Espanha do general Franco, etc. Não há monopólio político para o protecionismo, embora talvez possa-se dizer que ele é mais intenso e arbitrário em regimes não democráticos.